Nanã Burukê
Também chamada de Nanã Buruku, esta é uma orixá muito antiga, que em
diversos mitos aparece como co-criadora do mundo (no mesmo patamar de Oxalá e
de Olorum). É uma das esposas de Oxalá (ao lado de Iemanjá) e em muitas regiões
brasileiras recebe o carinhoso apelido de Vovó. Tem como atributos a
fecundidade, a riqueza e o ciclo de morte e renascimento. Seu domínio é a lama,
mistura de terra e água que simboliza a origem da vida. No sincretismo
religioso, está associada a Santa Ana, mãe de Maria.
Salubã! Nanã Buruku !
'A água é o mais poderoso símbolo do dinheiro. No Feng Shui, diz-se que
quanto mais profunda ela é mais possibilidade de riqueza. Nanã é o Orixá que
domina a vibratória das águas profundas, bem como da lama dos pântanos e das
águas ancestrais, as mais antigas.'
À Santa Ana
Ó Misericordiosa e piedosíssima advogada minha, santa Ana, vós que, por
graça especial de Deus, fostes elevada à dignidade excelsa de mãe da Mãe de
Jesus,por tão grande prerrogativa que alcançastes junto a Santíssima Trindade,
consegui do Senhor a graça que tanto desejo (.......) se não servir de
obstáculo a minha salvação.
Suplico-vos pelo vosso dulcíssimo nome, que significa graça e
misericórdia, pelo vosso espírito de adoração e de penitência, que me atendais.
Ouvi sem demora a minha prece, despachai a minha súplica, consolai meu coração.
Rezar: Pai-nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
Santa Ana
Ó Santa Ana, minha mãe / Sê do céu a nossa guia
Traze paz a nossa alma, / Por Jesus e por Maria.
Que assim seja!
Nanã Burukê
Prece a Nossa Senhora Desatadora dos Nós
Santa Maria, cheia da presença de Deus, durante os dias de tua vida
aceitastes com toda a humildade a vontade do Pai, e o Maligno nunca foi capaz
de envolver-lhe com suas confusões. Junto a Teu Filho, intercedestes por nossas
dificuldades e, com toda paciência, nos destes exemplos de como desenrolar as
linhas de nossa vida. E, ao se dar para sempre como nossa Mãe, pões em ordem e
fazes mais claros os laços que nos unem ao Senhor.
Santa Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, Tu que com coração materno
desatas os nós que entorpecem nossa vida, te pedimos que recebas em tuas mãos a
(o)... E que a (o) livres das amarras e confusões com que a (o) castiga aquele
que é nosso inimigo.
Por tua graça, por tua intercessão, com teu exemplo, livra-nos de todo
o mal,
Senhora Nossa, e desata os nós que impedem de nos unirmos a Deus para
que, livres de toda confusão e erros, O Louvemos em todas as coisas, coloquemos
Nele nossos corações e possamos Servi-lo sempre através dos nossos irmãos.
Assim seja, amém!
Sant'Ana, Mãe de Maria e Avó do Cristo
- Venerada pela Igreja Católica e também pela Umbanda e Candomblé por
seu sincretismo com a Orixá Nanã Burukê
- Principal templo Betesda: Basílica de Santana
- Festa litúrgica: 26 de Julho
A Virgem e o Menino com Santa Ana. Leonardo da Vinci, século XVISanta
Ana ou Sant'Ana (do latim Anna, por sua vez do hebraico transliterado Hannah,
"Graça") foi mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo. Os dados
biográficos que sabemos sobre os pais de Maria foram legados pelo Proto-Evangelho
de Tiago, obra citada em diversos estudos dos padres da Igreja Oriental, como
Epifânio e Gregório de Nissa. Sant'Ana, cujo nome em hebraico significa graça,
pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim pertencia à
família real de Davi. Seu marido, São Joaquim, homem pio fora censurado pelo
sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e estéril.
Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer
penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido
suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A
paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio
de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Deus. Eram residentes em
Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de
Santana; e aí, num sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C., nasceu-lhes uma filha
que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz",
passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos
três anos, tendo lá permanecido até os doze anos.
A devoção aos pais de Maria é muito antiga no Oriente, onde foram
cultuados desde os primeiros séculos de nossa era, atingindo sua plenitude no
século VI. Já no ocidente, o culto de Santana remonta ao século VIII, quando,
no ano de 710, suas relíquias foram levadas da Terra Santa para Constantinopla,
donde foram distribuídas para muitas igrejas do ocidente, estando a maior delas
na igreja de Sant’Ana, em Düren, Renânia, Alemanha. Seu culto foi tornando-se
muito popular na Idade Média, especialmente na Alemanha. Em 1378, o Papa Urbano
IV oficializou seu culto . Em 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa
de Sant’Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII a estendeu para toda a Igreja,
em 1879.Em França, o culto da Mãe de Maria teve um impulso extraordinário
depois das aparições da santa em Auray, em 1623. Tendo sido São Joaquim
comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant’Ana, o Papa Paulo VI
associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima.
Lenda de Nanã
Nanã era rainha de um povo e tinha poder sobre os mortos. Para roubar
esse poder, Oxalá casou com ela, mas não ligava para a mulher. Então, Nanã fez
um feitiço para ter um filho. Tudo aconteceu como ela queria mas, por causa do
feitiço, o filho Omolu nasceu todo deformado, horrorizada, Nanã jogou-o no mar
para que morresse. Como castigo pela crueldade, quando Nanã engravidou de novo,
Orunmilá disse que o filho seria lindo mas se afastaria dela para correr mundo.
E nasceu Oxumaré, que durante 6 meses vive no céu como o arco-íris, e nos
outros 6 é uma cobra que se arrasta no chão.
Na aldeia chefiada por Nanã, quando alguém cometia um crime, era
amarrado a uma árvore e então Nanã chamava os Eguns para assustá-lo.
Ambicionando esse poder, Oxalá foi visitar Nanã e deu-lhe uma poção que fez com
que ela se apaixonasse por ele. Nanã dividiu o reino com ele, mas proibiu sua
entrada no Jardim dos Eguns. Mas Oxalá espionou-a e aprendeu o ritual de
invocação dos mortos. Depois, disfarçando-se de mulher com as roupas de Nanã,
foi ao jardim e ordenou aos Eguns que obedecessem "ao homem que vivia com
ela "(ele mesmo). Quando Nanã descobriu o golpe, quis reagir mas, como
estava apaixonada, acabou aceitando deixar o poder com o marido. Hoje no Culto
aos Egungun só os homens são iniciados para chamar os Eguns.
Certa vez, os Orixás se reuniram e começaram a discutir qual deles
seria o mais importante. A maioria apontava Ogum, considerando que ele é o
Orixá do ferro, que deu à humanidade o conhecimento sobre o preparo e uso das
armas de guerra, dos instrumentos para agricultura, caça e pesca, e das facas
para uso doméstico e ritual. Somente Nanã discordou e, para provar que Ogum não
é tão importante assim, torceu com as próprias mãos os animais destinados ao
sacrifício em seu ritual. É por isso que os sacrifícios para Nanã não podem ser
feitos com instrumentos de metal.
Cor: lilás e roxo
Metal: nenhum
Dia da semana: segunda; terça-feira e sábado
Predominância: morte, vida, reencarnação, medicina, doenças, chuvas,
enchentes, deficiência visual, lama, mangue, pessoas desabrigadas e idosas
Saudação: Salubã Nanã!
Fonte: http://www.ruadasflores.com/nanaburuke/