Você já pensou em abandonar algum compromisso, alguma atividade antes de acabá-la, só porque estava difícil demais?
Já se viu desistindo de resolver um grande problema, porque ele se mostrou maior do que você estava disposto a solucionar?
Talvez
muitos de nós já tenhamos passado por alguma dessas situações. O de
desistir de algo, de algum intento, de algo previamente planejado.
Algumas
vezes o motivo é o cansaço, outros o desestímulo, ainda pode ser a
falta de perspectiva... Seja qual for a causa, o resultado é sempre o
mesmo: tarefa inacabada, tarefa adiada.
Nosso
livre-arbítrio nos permite tal ação, mas a resposta da vida será sempre
a mesma: em algum momento, nos encontraremos novamente com o
compromisso, a fim de concluí-lo.
Quanto
mais importante for o compromisso adiado, mais tormentos e
dificuldades, e mais energia vai-nos exigir para a sua continuidade.
Será
sempre mais trabalhoso retomar o compromisso mais tarde pois, ao
abandoná-lo, ele não se extingue, apenas continua lá, do mesmo tamanho e
tão desafiador como sempre.
Desses compromissos que, algumas vezes pensamos em adiar, abandonar, fugir, sem dúvida, o maior deles é a própria vida.
Você já se deu conta de que viver é um grande compromisso de nós para conosco mesmo e para com Deus?
Ninguém vive por acaso, por obra do acaso e de maneira aleatória.
A vida de cada um de nós é experiência de extrema importância em nossa história de Espíritos imortais.
A
cada vida, um planejamento, uma programação, sob a tutela e os cuidados
da Providência Divina, para que tudo ocorra da melhor maneira possível.
Dessa
forma, é natural que, para nossa vida, também estejam programados
embates, desafios, alguns dissabores... São os resultados do ontem
refletindo no hoje.
Mas todas as experiências que a vida nos oportuniza são para aprendizado, nada ao acaso, nada tempo perdido.
Por
isso, evadir-se da vida pelo caminho infeliz do suicídio é opção
insensata dos que imaginamos que todos os nossos problemas se
solucionarão ao darmos as costas para eles.
Os problemas não só continuarão, como estarão aguardando nossas ações para sua solução, em momento oportuno.
É
ilusão imaginar que a morte irá trazer a solução dos problemas. Pelos
caminhos tristes do suicídio, ela nos trará apenas a decepção para quem
se iludiu, imaginando que a vida acaba com a morte do corpo,
esquecendo-se que a alma permanece.
Os nossos problemas são os mais adequados para a nossa estrutura emocional e para nossas capacidades.
Ninguém
no mundo está abandonado. Deus, como Pai amantíssimo, cuida de cada um
de nós, com um desvelo que poucas vezes nos damos conta.
* * *
Se
algum dia tal ideia infeliz lhe passou pela cabeça, liberte-se dessa
infame ilusão, pois que, por esses caminhos, a morte nada lhe trará a
não ser a certeza de que tudo o que você quer abandonar hoje, terá que
ser retomado mais tarde, sob a injunção de maiores dificuldades e dores.
Sem dúvida, o dia de hoje, o momento atual, é o mais adequado, favorável e feliz para a solução dos seus problemas.
Redação do Momento Espírita.
Em 19.03.2010.
Em 19.03.2010.